segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Fevereiro se inicia com muita energia positiva! Agora é hora de decidir fazer algo diferente! Não desista, corra atrás de seus sonhos e metas, com certeza você  irá conseguir concluir todos os seus objetivos! Peça ao ARCANJO MIGUEL proteção divina, peça para que ele interceda por você junto ao Pai Misericordioso! Invoque o PODER e a ENERGIA de São Miguel Arcanjo diariamente, ao acordar, ao dormir, ou sempre que se lembrar! Agradeça também a DEUS por tudo que tens e pelo que és! Muito Obrigada!

quarta-feira, 25 de março de 2015

Há um milagre em sua boca


As palavras são semelhantes a sementes. Quando as pronunciamos em voz alta, são plantadas na mente subconsciente e adquirem vida própria, lançam raízes, crescem e produzem frutos da mesma espécie. SE 

dissermos palavras positivas, nossa vida avançará nesta direção. Conseqüentemente, palavras negativas produzirão resultados insatisfatórios.Não podemos pronunciar palavras de derrota e fracasso e esperar viver vitoriosos. Colheremos exatamente o que semeamos.

Nas escrituras se lê que a língua é comparada ao leme de um enorme navio. Embora o leme seja pequeno, ele controla a direção de todo o navio e, de uma maneira semelhante, a língua controla a direção de nossa vida. Se suas frases costumeiras são: eu não posso, eu não tenho as condições necessárias, ou outros comentários negativos, você estará se preparando para a derrota. 

Tais palavras impedirão de você ser a pessoa que Deus criou para ser. Diga para você mesmo(a) todos os dias ao levantar: Estou melhorando cada vez mais todos os dias, de todas as maneiras”. Você constatará resultados impressionantes. Quando você diz alguma coisa com bastante freqüência, com entusiasmo e paixão, logo a sua mente subconsciente começa a agir de acordo com o que você esta falando e a fazer o que for necessário para que estes pensamentos se tornem realidade. É muito triste, mas a maioria das pessoas insiste em repetir coisas negativas a vida inteira. Elas continuamente se depreciam com palavras, sem perceber que essas palavras dizimam a confiança e destroem a auto-estima. Se você tem a auto-estima baixa, precisa cometer excessos na hora de dizer palavras positivas, vitoriosas e repletas de fé sobre a sua vida. Levante-se todas as manhãs, olhe no espelho e diga: “ TENHO VALOR! SOU AMADO(A)!!! DEUS TEM UM GRANDE PLANO PARA MINHA VIDA. RECEBO A GRAÇA AONDE QUER QUE EU VÁ. AS BENÇÃOS DE DEUS ME PERSEGUEM E ME ALCANÇAM. TUDO O QUE TOCO PROSPERA COM EXITO. ESTOU ENTUSIASMO(A) COM O MEU FUTURO!” Comece a dizer palavras desse tipo, em pouco tempo, você ascenderá em um novo nível de bem-estar, sucesso e vitória. As suas palavras realmente encerram poder.

Precisamos ser particularmente cautelosos com as coisas que dizemos durante o período de adversidade ou infortúnio, quando as coisas não estão acontecendo do jeito que você quer. A maneira como reage às adversidades da vida, e o que diz na presença de dificuldades exercerá uma enorme influência no tempo que você permanecerá nessas situações. Por via de regra, quanto mais positivos seus pensamentos e palavras, mais forte você ficará e mais rápido superará o que o está afligindo. A tendência em momentos de aflição, é queixar-se, falar sobre o problema.... Não faça mais isto. CHEGA!!! Mude sua maneira de agir. Vire o disco. Troque a sintonia. QUANTO MAIS FALAR DOS SEUS PROBLEMAS, MAIS FORÇA DARÁ A ELES. Quando alguém lhe saudar num destes dias negros: responda efusivamente: EU ESTOU ÓTIMO(A), E VOU CADA VEZ MELHOR E VOCÊ?

Acredite, por ai você já conseguiu afastar 90% da carga pesada do pessimismo. Opte por ser seu amigo(a) e não o contrário. Justo na hora da dificuldade, quando se sente esmagado(a), estressado(a), quando parece que tudo se voltou contra você, é quando precisa estar no nível de alerta máximo, para o que vai falar nestes momentos. A mente subconsciente nestas horas pega estas palavras e trata-as como declarações verdadeiras e válidas, e se põe a campo para torná-las realidade. Quando isto acontece, o único culpado é você. Você foi debilitado pelos seus próprios pensamentos e palavras.

Se você está com problemas emocionais, mais do que nunca precisa tomar cuidado com o que diz e não permitir que palavras negativas e destrutivas saiam de sua boca. Nas escrituras se lê: “A morte e a vida estão no poder da língua; e este é o fruto que comereis”. Ou seja você cria um ambiente para o bem ou para o mal com suas palavras.

Por mais que esteja enfrentando problemas, não use palavras negativas, Deus quer que usemos palavras para modificar estas situações. Não fale sobre o problema e sim sobre a solução. Devemos falar com nossas montanhas. Seja qual for sua montanha (relacionamentos, trabalho, doença etc.) você não deve apenas pensar nela, mais do que rezar a respeito dela, precisa falar com este obstáculo. O livro sagrado diz o seguinte: “Que os fracos digam que sou forte. Que os oprimidos digam que sou livre. Que os doentes digam que estou curado. Que os pobres digam que sou rico.” 

Comece a dizer que está curado, que é feliz, completo(a) , abençoado(a) e próspero(a). Pare de falar com Deus a respeito de como as suas montanhas são grandes e comece a falar com as suas montanhas a respeito de como é grande o seu Deus! Quando Davi enfrentou o gigante Golias, ele não resmungou e se queixou dizendo: Deus, porque eu sempre tenho estes problemas enormes? Não. Ele modificou toda sua atmosfera através das palavras que saíram da sua boca. Não ficou remoendo o fato de que Golias tinha 3 x o seu tamanho. Nem ficou repisando o fato de Golias ser um guerreiro experiente, e ele apenas um menino pastor. Ele não se concentrou no obstáculo, mas sim na grandeza do seu Deus.Golias ao vê-lo riu-se dele. Porém Davi olhou direto nos seus olhos e declarou com grande determinação: Tu vens com a espada e um escudo, mas eu vou contra ti em nome do Senhor Deus de Israel. Essas são palavras de fé. Repare também que ele disse em voz alta. Ele não penso apenas, não rezou apenas. Falou diretamente com a montanha de um homem que estava na frente dele. 

Quando você estiver enfrentando obstáculos no seu caminho, precisa dizer audaciosamente: “Maior é Ele que está em mim do que ele que está no mundo. Nenhuma arma criada contra mim irá prosperar. Deus sempre me faz triunfar.

Pare de se queixar do obstáculo. Comece a falar com ele. Escolha falar: Ðeus supre com abundância todas as minhas necessidades:” Comecemos abençoar a luz e paremos de amaldiçoar as trevas.

Lembre-se: Há um milagre em sua boca.

Porque nos sentimos tão ansiosos ?

Por que vivemos tão ansiosos?

Em maior ou menor grau, todos se sentem o que chamamos de “ansiedade” boa parte do tempo. Os momentos verdadeiros de relaxamento e paz interior autênticos são raros. A dificuldade em viver no presente é um dos maiores contribuidores da ansiedade. Vamos entender  um pouco sobre essa dificuldade e como ela se apresenta.


A pressa é uma das manifestações do não conseguir viver no presente. Desenvolvemos o hábito de viver apressados. E o que é a pressa? É a vontade de estar no momento seguinte enquanto você ainda está aqui e agora. 


Você acorda, mal se espreguiça e a cabeça já vai a mil por hora pensando que tem que ir escovar os dentes e tomar banho. Não dá nem pra curtir a espreguiçada. Quando está no banho, somente o seu corpo está no banho, pois sua cabeça está no momento seguinte pensando que tem que comer rápido, ou pensando que tem chegar ao trabalho. O banho que poderia ser uma atividade prazerosa, mas é realizado de forma rápida e mecânica por que você quer estar no momento seguinte.


Quando entra no carro, seu corpo está no carro, mas você quer já ter chegado ao trabalho, mas você ainda não chegou. Então o coração acelera, o corpo fica inquieto. Você perde de passar no semáforo por pouco por que o cidadão da frente andou devagar. Ai surge raiva e aumenta a impaciência. O engarrafamento vira o inimigo que o impede de chegar no momento seguinte.  Mas quando você chega no momento seguinte não há paz, você já quer que chegue o próximo.


Chega no trabalho, e você aperta o botão do elevador três vezes, com força, pra que o elevador chegue mais rápido. Você está ali esperando mas já queria estar dentro dele. E quando estiver dentro do elevador,  melhor apertar também três vezes o botão de dentro, porque você está inquieto querendo sair dele.


Vai responder o primeiro email já pensando que tem mais outros tantos para responder. E depois vai surgindo no pensamento o que tem que fazer depois dos emails. E mais tarde surge o pensamento de querer que acabe o dia pra você ir pra casa. A volta pra casa no trânsito é também ansiosa e apressada, por que você não quer estar ali.


Quando chega em casa talvez relaxe um pouco. Talvez não. Tem que jantar, ir pra academia, fazer um trabalho que ficou pendente no horário do expediente, arrumar algo em casa, dar atenção aos filhos.


E no outro dia começa tudo de novo.


Observe então o mecanismo da mente de querer sempre estar no momento seguinte, gerando pressa, ansiedade, inquietação interior, aceleração do coração, causando um sofrimento. Todos esse stress altera a fisiologia. O corpo produz essa aceleração e a química do cérebro e o hormônios são afetados.

Mas seria possível agir diferente tendo mil atividades pra fazer? Sim, claro. A mente está viciada em sair do presente momento e ir para o momento seguinte. Acontece de forma automática, inconsciente. Você já se pegou andando rápido num dia de domingo onde, mesmo sem ter qualquer compromisso? A gente nem percebe, e parece ser normal, afinal de contas, todo mundo  é assim... A maioria é assim, é verdade. Mas existem pessoas mais presentes, mais calmas, mesmo diante de um volume grande de afazeres.




Tomar consciência desse mecanismo é o primeiro passo para começar a viver o agora, o que certamente irá diminuir a ansiedade. Quando tudo isso parece normal e nem nos damos conta da loucura que é viver dessa forma, estaremos no piloto automático sem possibilidades de quebrar o padrão. Mas, agora que temos consciência, é possível fazer um exercício para nos voltarmos para o presente.


Todas as vezes que sua mente começar a viajar para próxima atividade e você perceber, volte sua atenção para a atividade atual. Toda vez que seu corpo ficar tenso no trânsito com o engarrafamento, relaxe os músculos, respire, e volte sua atenção para o momento presente. Você está dentro do carro, naquele momento, e você escolhe aceitar essa condição totalmente.


A mente fugirá mil vezes. Pacientemente, cada vez que percebermos, voltamos a atenção para o presente.
Como o passar do tempo, a mente vai mudando o padrão. Ao invés de viver no futuro e prestar pouca atenção ao presente, ela começar a viver o presente e fazer visitas rápidas ao futuro. Assim a ansiedade diminui. As ações passam a ficar mais eficientes pois estamos executando cada tarefa com mais atenção.


Outra forma de sair do presente é quando começamos a pensar de forma preocupada em problemas que temos para resolver. É totalmente inútil, traz apenas sofrimento. O pior é quando acontece na hora de dormir, ou no meio da noite quando não deveríamos fazer nada além de descansar.
Remoer uma discussão também é mais outra forma de sair do presente. Dessa vez a mente vai para o passado e relembra o que houve. Começam a brotar pensamentos e comentários do quanto o outro foi injusto e que deveríamos ter dito isso e aquilo. Nem preciso comentar o quão inútil é tudo isso. Mesmo sendo um padrão comum bem boa parte das pessoas, devemos reconhecer esse mecanismo com uma espécie de doença coletiva.  Uma doença que tem cura, felizmente.
É possível dissolver a preocupação com um fato futuro, bem como para limpar os sentimentos que ficam remoendo um fato desagradável do passado. 
Está na hora de limpar!
É bom também ressaltar que a medida que vamos limpando mais profundamente os sentimentos, ficamos mais vez tranqüilos para lidar como novos acontecimentos.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Emoções e Sentimentos

                O filme O Cavalo de Turim, do realizador húngaro Béla Tarr, arranca com um narrador a contar uma história profética sobre Friedrich Nietzsche. Segundo relatos, o filósofo alemão saiu para a rua da cidade italiana, num dia de Janeiro de 1889, e viu, ao longe, um cavalo que se recusava a andar, a ser chicoteado por um homem numa carroça. Nietzsche não aguentou e insurgiu-se com a cena, impedindo a violência, abraçando o animal, chorando. Béla Tarr escolheu no seu filme seguir aquele cavalo, a caminho da escuridão. Mas é Friedrich Nietzsche quem fica caído numa rua de Turim, iniciando a última década da sua vida, dez anos de loucura, depressão e ausência.
                   Se o filósofo nos pudesse descrever o que sentiu no corpo, quando estava caído, era provável que nos falasse de um nó na garganta, um aperto no peito, uma tensão na região dos olhos e de sentir os braços e pernas frios, distantes. A descrição pode traduzir o mapa corporal das sensações associado à tristeza. Este é um de vários mapas corporais das emoções, definidos por uma equipa de investigadores da Finlândia num trabalho em que defendem que estes padrões são universais, ultrapassando fronteiras geográficas e culturais, e deverão ter uma raiz biológica, explica-se no artigo publicado nesta segunda-feira na revista norte-americana Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
                “Muitas vezes sentimos as emoções directamente no corpo”, lê-se no artigo. Um exemplo clássico, também referido no artigo, é o formigueiro no estômago associado ao início sempre surpreendente do amor.
              A equipe que fez a investigação, da Universidade da Tampere, na Finlândia, começou por estudar as regiões do corpo que ficavam mais activadas ou desactivadas quando as pessoas sentiam 13 emoções: raiva, medo, nojo, felicidade, tristeza, surpresa, ansiedade, amor, depressão, desprezo, orgulho, vergonha, inveja.
              Para isso, os investigadores pediram primeiro a um grupo de 390 pessoas para fazerem um jogo simples. Num programa de computador, os participantes liam a palavra correspondente a uma emoção para depois pintarem num corpo desenhado as regiões que sentiam ficar mais activadas e aquelas que sentiam ficar menos activadas durante essa emoção. Esta primeira experiência foi feita em finlandeses, suecos e tailandeses para verificar se a linguagem tinha influência e se havia diferenças culturais nas sensações no corpo.
                Depois, a equipe quis perceber se as sensações pintadas no corpo estavam influenciadas por uma questão conceptual. Ou seja, testaram se o resultado obtido nos mapas traduzia uma ideia racionalizada de cada participante sobre o que se deveria sentir no corpo quando se estava com raiva ou feliz, ou se era efetivamente aquilo que os participantes estavam a sentir. Nesta segunda experiência, feita a 108 pessoas, os investigadores pediram aos participantes para descrever o que sentiam no corpo quando liam frases associadas a emoções, mas que não tinham lá a palavra referente a cada emoção. Para suscitar felicidade, uma das frases era: “É um belo dia de Verão. Está a guiar um descapotável em direção à praia com os seus amigos e há música a sair das colunas.” Já na tristeza, a frase podia ser: “Numa visita ao hospital, vê uma criança que está a morrer e que quase não consegue manter os olhos abertos.”
Raiz biológica para sete emoções básicas
                       
                     Os resultados deste conjunto de experiências foram consistentes. Os investigadores conseguiram criar, para cada uma das emoções enumeradas em cima, um mapa semelhante com a activação e a desactivação das regiões do corpo humano, independentemente da nacionalidade ou da forma como a emoção foi suscitada. “Estes resultados dão um novo conhecimento sobre como as emoções estão representadas no corpo e não só na mente”, diz ao PÚBLICO Laurie Nummenmaa, uma das autoras do trabalho.


                         Os mapas mostram que cada uma das 13 emoções tem um mapa corporal diferente, que se repete em cada cultura. “Como as diferentes emoções parecem ter uma base corporal diferente (que é consistente nas várias culturas), isto sugere que as emoções básicas [raiva, medo, nojo, felicidade, tristeza e surpresa, as outras sete já são ‘emoções complexas’] testadas neste estudo podem ter uma raiz biológica e uma base evolutiva.”
                   A ativação e a desativação de que o estudo fala podem refletir vários fenômenos fisiológicos de acordo com a emoção. “Pedimos apenas às pessoas que nos relatassem como se sentiam, por isso os resultados refletem diferentes tipos de respostas fisiológicas que estão a acontecer. Desse ponto de vista, os mapas provavelmente são uma mistura de diferentes tipos de atividade esqueleto-muscular, visceral e do sistema nervoso autônomo”, interpreta a cientista.
No artigo, os cientistas descrevem estes mapas mais pormenorizadamente. Na maioria das emoções básicas, há uma “atividade elevada” na área do peito, associada ao aumento de respiração e do ritmo cardíaco. Há também muitas sensações na região da cabeça, “que provavelmente refletem tanto mudanças fisiológicas na cara [a contração dos músculos, o aumento da temperatura quando se cora ou a produção de lágrimas] como mudanças sentidas na mente provocadas por acontecimentos emocionais”, lê-se no artigo. Já a região do estômago aparece ativa quando as pessoas sentem nojo.
A atividade nos membros está aumentada em emoções associadas à acção como a felicidade ou a raiva. Em contraste, algumas das característica que definem a tristeza são as pernas os braços adormecidos. “As emoções podem promover o bem-estar preparando-nos tanto para a ação, ao aumentar a ativação como acontece na raiva, como protegendo os nossos recursos corporais e sociais, ao diminuir a ativação como acontece na tristeza”, defende Laurie Nummenmaa.
Um dos próximos objetivos da equipa é tentar relacionar estes mapas com os fenômenos fisiológicos que realmente estão a ocorrer em cada região do corpo e de uma forma exaustiva. Uma medição direta desta “ativação e desativação” corporal será difícil de se obter, explica a investigadora. “Em princípio, poderíamos medir a velocidade do sangue com uma perfusão e uma tomografia por emissão de positrões, ou obter imagens corporais de temperatura para detectar diferenças fisiológicas durante a ativação [das regiões do corpo]. Que eu saiba, ninguém tentou fazê-lo antes devido a dificuldades técnicas.” A equipa quer ainda caracterizar como é que crianças de diferentes idades sentem as emoções no seu corpo.
Estes mapas obtidos poderão ser ainda utilizados como instrumentos ou “marcadores corporais” para a saúde psicológica. Desta forma, poderão ajudar a inferir estados emocionais das pessoas quando estão com problemas psicológicos, sugere Laurie Nummenmaa. Nas doenças mentais, as respostas emocionais e as sensações corporais podem estar alteradas. Por exemplo, a ansiedade fica exacerbada, provocando dores no peito e fazendo suar as palmas das mãos.
“Medir as sensações corporais, sem ter havido estímulos emocionais prévios, pode ser uma nova forma de detecção de uma alteração nos processos emocionais de alguém. Em alternativa, é possível que as sensações corporais associadas, por exemplo, à tristeza, estejam marcadamente alteradas no caso de uma depressão, o que seria mais um indício para se detectar esse problema”, explica a investigadora.
Para Laurie Nummenmaa é “fascinante a ligação directa” entre o que se passa na mente, quando se está a viver uma emoção, e a reacção do corpo a essa emoção. O que originou aquele momento em que Nietzsche abraça o cavalo, um momento tão marcante que levou Béla Tarr a realizar O Cavalo de Turim. Mas a imagem com que ficamos da descrição do comportamento do filósofo é facilmente reconhecível, já que o mapa corporal da tristeza extrema é universal.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

O silêncio da alma

Um  motivo pelo qual o silêncio nos é tão perturbador: Assim que começamos a nos tornar silentes, experimentamos a relatividade de nossa mente comum cotidiana. Com essa mente medimos nossas coordenadas de espaço e de tempo, calculamos as probabilidades e contabilizamos nossos erros e acertos. 
Trata-se de um nível de consciência muito útil e importante. É um estado mental tão útil e familiar que, facilmente, acreditamos seja tudo o que somos: a totalidade de nossa mente, nosso verdadeiro eu, nossa inteira significação.
A vida, o amor e a morte, frequentemente nos ensinam o contrário. Encontramos-nos inesperadamente com o silêncio, em muitas reviravoltas inesperadas da estrada da vida, de maneiras imprevisíveis, em pessoas improváveis. Sua saudação possui um efeito que é, ao mesmo tempo, emocionante, pleno de maravilhamento, ainda que, frequentemente apavorante.
A cada momento, nossos pensamentos, medos, fantasias, esperanças, raivas e atrações, estão todos surgindo e desaparecendo. Identificamos-nos, automaticamente, com esses estados, sejam eles passageiros ou, compulsivamente recorrentes, sem pensar o que pensamos. Quando o silêncio nos ensina o quão transitórios e, portanto pouco confiáveis, na verdade, são esses estados, confrontamo-nos com o terrível questionamento de quem somos nós. No silêncio precisamos lutar com a terrível possibilidade de nossa própria irrealidade.
O pensamento budista faz dessa experiência, denominada anatman ou, o "não eu", um dos principais pilares de sabedoria em seu caminho de libertação do sofrimento e, um de seus meios de iluminação essenciais. Incentiva-se o praticante budista a buscar essa experiência da transitoriedade interior e, em vez de fugir dela, mergulhar nela de cabeça, assim como fizeram, Meister Eckhart e os grandes místicos cristãos.
É compreensível que anatman seja a idéia budista que representa o maior problema para as outras pessoas. Tão absurdo, tão terrível, tão sacrílego dizer que eu não existo. De fato, muito do antagonismo cristão ao anatman é infundado ou, fundamentado em interpretação errônea. Não quer dizer que não existimos, mas, que não existimos em autônoma independência, que é o tipo de existência que o ego gosta de imaginar que tem; o tipo de fantasia de ser Deus, com que a serpente tentou Eva. Trata-se da arrogância que, frequentemente, acomete as pessoas religiosas.
Não existo independentemente, pois Deus é o fundamento de meu ser. À luz desse entendimento, lemos as palavras de Jesus no Novo Testamento, com percepção aprofundada: "Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me..., mas, o que perder a sua vida por causa de mim, a salvará" (Lc 9, 23-24).
Caso, através do silêncio, possamos abraçar esta verdade do anatman, faremos importantes descobertas acerca da natureza da consciência. Descobriremos que a consciência, a alma, é mais do que o fantástico sistema cerebral que computa, calcula e, julga. Somos mais do que aquilo que pensamos. A meditação não é o que pensamos.
Medite por Trinta Minutos... Lembre-se: Sente-se. Sente-se imóvel e, com a coluna ereta. Feche levemente os olhos. Sente-se relaxado, mas, atento. Em silêncio, interiormente, comece a repetir uma única palavra. Recomendamos a palavra-oração "Maranatha". Recite-a em quatro silabas de igual duração. Ouça-a à medida que a pronuncia, suavemente mas continuamente. Não pense nem imagine nada, nem de ordem espiritual, nem de qualquer outra ordem. Pensamentos e imagens provavelmente afluirão, mas, deixe-os passar. Simplesmente, continue a voltar sua atenção, com humildade e simplicidade, à fiel repetição de sua palavra, do início ao fim de sua meditação.